A proposta nasceu a partir da aplicação da metodologia Design Thinking, que permitiu às equipes identificar, de forma colaborativa, problemas reais enfrentados por usuários dos serviços judiciais. Entre os principais desafios apontados estão a linguagem técnica e inacessível, a fragmentação dos canais de atendimento, as barreiras digitais e as dificuldades específicas vivenciadas por migrantes, especialmente os venezuelanos, na hora de buscar orientação ou exercer seus direitos.

Como solução, o Justiça 360º prevê a criação de uma plataforma digital integrada, com linguagem simplificada, suporte multilíngue e informações organizadas sobre serviços do Judiciário, como localização de fóruns, zonas eleitorais, canais de atendimento, além de materiais visuais e orientações adaptadas a diferentes perfis de usuários.

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Segundo Ariane Farias, chefe do Laboratório de Inovação do TRE-RR, a proposta nasceu da escuta ativa da população. “O nosso projeto de Justiça 360 está com o objetivo de facilitar o acesso à informação no nosso tribunal. Esse projeto também é colaborativo com o TJ, então a gente está desenvolvendo uma plataforma que tem informações unificadas de um jeito simples e fácil”, afirma.

O projeto encontra-se na fase de testes com públicos diversos, incluindo migrantes e servidores do Judiciário. “Nós desenvolvemos um protótipo do projeto e agora está na fase de testes com todos os usuários, migrantes e também com servidores de cartório, para que a gente compreenda se as informações que nós desenvolvemos estão de fácil acesso”, explica Ariane.

A iniciativa foi recebida também entre os participantes dos testes. A cabeleireira venezuelana Ismar Martinez destacou a importância da proposta para a comunidade migrante. “A informação que estão mostrando é muito importante como imigrante. O direito de eleição para nós é muito importante para fazer valer nossos direitos aqui no Brasil", comentou.