A edição 2025 do programa Justiça Eleitoral Itinerante teve início nessa segunda-feira, 12 de maio, na Escola Estadual Lino Augusto da Silva, localizada na Comunidade Indígena Campo Alegre, zona rural de Boa Vista. A ação tem como objetivo garantir o acesso à Justiça e à documentação básica para populações em situação de vulnerabilidade social, com foco em comunidades indígenas e áreas distantes dos centros urbanos.

Uma comitiva de servidores e gestores do Tribunal Regional Eleitoral participou do primeiro dia das atividades, incluindo o presidente da instituição, desembargador Mozarildo Cavalcanti e os juízes Erasmo Campos e Phillip Barbieux.

Campo Alegre faz parte da região do Baixo São Marcos, que reúne 13 comunidades indígenas e abriga atualmente 156 famílias. O primeiro dia de atendimentos contou com a presença de moradores da própria comunidade e também de outras localidades vizinhas, que se deslocaram até a escola para solicitar o primeiro título de eleitor, fazer transferência de domicílio, revisão cadastral ou esclarecer dúvidas. Para o atendimento, é necessário apresentar documento oficial com foto e comprovante de endereço, que pode ser substituído por uma declaração do tuxaua.

A liderança local, Tuxaua Marister da Silva Pereira, destacou a importância da presença da Justiça Eleitoral na comunidade e o sucesso dos resultados. “Foi muito bom esse trabalho porque a gente gasta pra chegar na cidade, gasta lá, então, vindo até aqui pra nós foi um ótimo trabalho. Com certeza, facilitou muito. Pra quem não tem recurso pra chegar na cidade e voltar pra fazer tudo, ainda pagar, que às vezes tem locais que são difíceis, né, pra chegar até lá… E até aqui, pra nós, foi ótimo. Muito feliz. Muito feliz mesmo”, comentou.

O juiz substituto da 5ª Zona Eleitoral, Erasmo Campos, que acompanha a ação, reforçou o compromisso da Justiça Eleitoral com o fortalecimento da cidadania nas comunidades do interior. “A gente tem que buscar o esclarecimento e, segundo, a facilitação e o acesso à população mais carente. E é isso que nós estamos tentando fazer. É importante até para ajudar com relação à escolha, na votação, na gestão. Inclusive, até já vamos conversar também com o presidente do TRE, doutor Mozarildo, para ver o nosso plano de ação daqui para frente. Para dar mais informação e mais cidadania. É, para dar mais informação em cidadania para os jovens”, disse

Também presente na agenda, o juiz auxiliar da Presidência, Phillip Barbieux, avaliou “a Justiça Eleitoral Itinerante como um marco da atual gestão”. “Nós temos um plano de visitar praticamente todo o interior do Estado, levando mais de cidadania para a sociedade. Temos um cronograma inicial com alguns pedidos já feitos, mas a gestão está aberta e super disponível para que sejam abertas novas datas. As pessoas vão ter a oportunidade de realmente ter contato com a cidadania, de emitirem seus primeiros documentos e de futuramente participarem das eleições e do que virá”.

A iniciativa segue até o dia 16 de maio na zona rural de Boa Vista, sendo a próxima na quarta-feira, 14, na Comunidade Indígena Lago Grande (Escola Atanázio Mota), na quinta-feira, 15, na Comunidade Indígena Vista Alegre (Escola Prof. Genival Thomé Macuxi) e na sexta-feira, 16, na Vila Passarão (Escola Nilo José de Melo).