O 57º Encontro do Colégio de Corregedoras e Corregedores Eleitorais do Brasil (CCORELB) encerrou nesta sexta-feira, 31, com a elaboração e assinatura da Carta de Boa Vista, documento que consolida as deliberações e proposições discutidas ao longo dos três dias de programação.

O encontro realizado no Eco Hotel, reuniu representantes das corregedorias eleitorais de todo o país para debater avanços, desafios e soluções voltadas ao aprimoramento das atividades da Justiça Eleitoral e reforçando o compromisso das corregedorias eleitorais com a transparência, a inovação e o fortalecimento da Justiça Eleitoral brasileira.

Durante os dois primeiros dias, as discussões foram internas, com troca de experiências sobre práticas administrativas e jurisdicionais. O corregedor eleitoral do TRE-RR e anfitrião do evento, desembargador Jésus Nascimento, destacou a relevância de sediar o encontro após duas décadas. “Eu amo meu país. Esse país é o Brasil, a quarta maior democracia do mundo, um país diverso e, ao mesmo tempo, homogêneo. Receber este evento em Roraima, depois de 20 anos, é motivo de orgulho e reconhecimento da importância da nossa Justiça Eleitoral”, afirmou.

A corregedora-geral da Justiça Eleitoral, ministra Maria Isabel Galotti, participou de forma remota, enaltecendo o papel das corregedorias na consolidação da democracia e na modernização dos serviços eleitorais. “Esses encontros são oportunidades de diálogo e inovação. É nesse espaço que surgem novas ideias que fortalecem a atuação da Justiça Eleitoral”, disse ao mencionar iniciativas desenvolvidas em Roraima e apresentadas durante o evento, a exemplo do tratamento das comunicações judiciais de retificação do registro civil e da impressão do título eleitoral por impressoras térmicas, substituindo as impressoras a laser.

A programação

O evento também contou com a participação do presidente do Colégio de Corregedoras e Corregedores Eleitorais do Brasil (CCORELB), desembargador Luiz Osório Moraes Panza, corregedor do TRE-PR, que reforçou o papel das corregedorias na efetivação da cidadania. “Nosso papel é garantir o exercício pleno da cidadania e a confiança da sociedade nas instituições democráticas”, afirmou.

Durante a programação, magistrados e servidores de diferentes regiões apresentaram experiências bem-sucedidas, entre eles representantes do Piauí, Santa Catarina e Distrito Federal. A juíza Anita Oliveira, ouvidora eleitoral indígena do TRE-RR, apresentou a iniciativa pioneira da Ouvidoria dos Povos Indígenas de Roraima, criada no início deste ano como instrumento de escuta, inclusão e fortalecimento da cidadania indígena.