O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima realizou nesta terça-feira, dia 11, a primeira edição da Feira AfroCultural, iniciativa que integra o projeto “O Caminhar das Mulheres Negras” e marca a programação alusiva ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.

A programação foi pensada para destacar saberes ancestrais e fortalecer o protagonismo das mulheres negras, aproximando servidores e comunidade da cultura afro-brasileira. A proposta é valorizar e difundir a cultura afro-brasileira, estimular o empreendedorismo feminino, fortalecer a gastronomia de matriz africana, promover manifestações corporais como dança e capoeira e sensibilizar a comunidade sobre representatividade e diversidade étnico-racial.

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A Feira reuniu estandes de artesanato, serviços de tranças, venda de comidas tradicionais e manifestações artísticas, como a apresentação de dança hip hop infantil com o grupo Inspirarte Academy, promovendo um ambiente de troca, convivência e valorização da diversidade. A chefe da Assessoria de Planejamento e Gestão Estratégica do TRE-RR, Lorrane Pereira da Costa, destacou a importância da iniciativa no mês da Consciência Negra.

“É o mês da consciência negra, então é muito importante que nós, no TRE, a instituição, a gente possa trazer um pouco dessa cultura afro-brasileira para fazer uma imersão junto com os servidores da sociedade, para trazer um pouco da cultura, seja na parte da gastronomia, hoje nós estamos aqui com a carajé, vatapá, galinha de xinxin e também o artesanato negro, nós temos também aqui trancistas, então a gente tentou trazer o máximo de coisas mais a ver com afro para poder trazer essa imersão dos servidores junto a essa cultura afro-brasileira”, disse.

Para as empreendedoras participantes, o espaço representa oportunidade de divulgação, renda e reconhecimento. Maísa Azevedo, micro empreendedora individual, reforçou a relevância do contato direto com o público. “Pra gente que é empreendedor é muito importante estar divulgando pessoalmente os nossos trabalhos. Além das redes sociais também, é muito bom a gente ter o convívio do público e poder pra gente divulgar a nossa cultura”.

A Feira AfroCultural integra uma programação mais ampla do projeto “O Caminhar das Mulheres Negras”, que reúne formações, vivências, práticas culturais e diálogos sobre identidade, memória e enfrentamento ao racismo. A primeira atividade, realizada na semana passada, foi uma palestra sobre atendimento antirracista e humanizado.

A iniciativa segue as diretrizes das Resoluções CNJ nº 255/2018 e nº 492/2023, que tratam da promoção da equidade racial e de gênero no Poder Judiciário. Também está alinhada à Resolução nº 400/2021, que orienta ações de sustentabilidade e cultura como instrumento de desenvolvimento, além da Resolução nº 273/2018, que incentiva práticas de qualidade de vida e valorização das pessoas no ambiente institucional.