O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), por meio da Escola Judiciária Eleitoral (EJE-RR), promoveu nesta quarta-feira, 29, mais uma ação do projeto “Voto Experiente”, voltado à valorização e inclusão cidadã da pessoa idosa no processo eleitoral. Integrantes do programa Cabelos de Prata, dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de vários bairros da cidade participaram de uma visita guiada ao Espaço Memória da Justiça Eleitoral de Roraima.

Nesta quinta-feira, 30, outra turma deve participar da atividade e conhecer a evolução histórica do voto no estado, com exposição de urnas eletrônicas, títulos antigos e equipamentos já utilizados pela Justiça Eleitoral. A iniciativa busca conscientizar a sociedade sobre a importância da participação política e do voto, mesmo que facultativo a partir dos 70 anos.

Segundo a coordenadora da EJE/RR, Iara Calheiros, o projeto já vem rendendo reconhecimento nacional. “Nosso projeto Voto Experiente é uma aproximação dos eleitores idosos com o nosso Tribunal e recentemente inclusive ganhamos o selo de Tribunal Amigo da Pessoa Idosa por conta dessa iniciativa”, disse.

Ela acrescentou que a ação vai além das visitas guiadas. “O Tribunal Regional Eleitoral também promove capacitação para os nossos servidores, voltada para os nossos servidores com o tema disso Voto Facultativo e Cidadania 70+. Todas essas ações fortalecem a democracia e também aproximam o Poder Judiciário com a Pessoa Idosa, e esse é o nosso intuito, então a gente vai receber ainda mais visitas de outros programas municipais e estaduais voltados para assistência com a pessoa idosa e a participação também deles”, destacou.

As atividades contam com recursos audiovisuais, demonstração prática do funcionamento da urna eletrônica, dinâmicas interativas e distribuição de materiais informativos sobre democracia, ética no processo político e combate à desinformação.

Idalici Serrão da Silva, moradora do bairro Santa Teresa, avaliou a iniciativa como esclarecedora. “Achei ótimo para tirar também várias dúvidas de vários amigos meus, da gente aqui presente, que tinha dúvidas em relação à urna eletrônica. E agora eles viram que não é nada disso o que se pensava”. Para ela, o aprendizado tem efeito prático. “Para a gente não comprar e não se vender por voto, não ser enganada, na verdade. Porque a gente de idade, muitas das vezes, não todos, é fácil ser enganada na hora da votação”, apontou.

Já Maria Beserra de Jesus, do bairro Caranã, destacou a importância de multiplicar o conhecimento adquirido. “Fiquei sabendo de coisas que eu não sabia. Por exemplo, da urna eletrônica, sempre eu tinha dúvida, se houve fraudes ou não, e agora, com a explicação que ela deu eu acho que ele não tem fraude mesmo. É bem confiável, garanto que é bem confiável e posso afirmar para os meus netos também e para as colegas que é bem confiável, como ela falou, se tem internet ou tem energia ou não, a gente pode votar com segurança, que não vai ter fraude”, concluiu.